Cada dia que passa neste
mundo pós-moderno o Ter tem sido mais
importante do que o Ser, é claro que
ao perguntar as pessoas qual é mais importante o Ser ou o Ter? Em sua
maioria responderia: o Ser. Porém na
prática não é bem assim, pois é muito difícil as pessoas valorizarem mais o Ser neste mundo capitalista que acaba sobressaindo
o Ter, e a mídia é a principal
responsável em fazer o marketing do Ter.
A todo o momento está propagando o “como é bom Ter” e colocando no pódio aqueles que têm.
Ser é a
natureza íntima de uma pessoa, é sua identidade, sua característica, e Ter é possuir, sendo possuidor de bens,
recursos financeiros, determinada posição. O Ser está relacionado com o caráter da pessoa, com aquilo que a
pessoa é, e o Ter é aquilo que a
pessoa possui, por isso é inquestionável que o Ser é muito mais importante do que o Ter.
Ter não
é errado, precisamos ter recursos financeiros para sobrevivermos, para moradia,
alimentação, saúde, educação e até mesmo lazer. Ter uma vida financeira estável
é o sonho de todos e isso é ótimo, o errado é querer e querer, nunca estando
satisfeito com o que tem, sendo um consumidor insaciável, do amor ao dinheiro.
Valorizam-se mais o Ter
do que o Ser, uma sociedade que
valoriza mais o consumo, estando mais interessados com o que a pessoa tem de
recursos para consumir do que com a valorização do ser humano. Você já foi
desvalorizado por causa do Ter?
Porque eu já fui. Tem uma sapataria que eu sempre sonhava em um dia poder
comprar sapatos lá, porém não tinha condições para isso, então eu apensas
sonhava. Mas um dia resolvi juntar dinheiro para comprar um sapato que ao
passar em frente à vitrine sempre ficava namorando ele. Ao ter o dinheiro
suficiente para a compra, entrei na loja, e ninguém me atendia, porque minha
aparência não estava no nível dos clientes da loja, fui desprezada, nadificada,
não fizeram questão de me atender porque acharam que não tinha condições para
comprar nenhum sapato daquela boutique, depois de um bom tempo fui atendida e
ficaram envergonhados porque paguei o sapato à vista. Depois quando estava bem
financeiramente acabei virando cliente daquela sapataria, e os mesmos que me atendiam
foram os que me menosprezaram, mas é claro que não guardei ressentimentos. Isso
também aconteceu quando eu e meu esposo fomos comprar nosso primeiro carro
zero, também fomos totalmente desvalorizados e acabamos comprando com o
vendedor que nos desprezou.
Porque as pessoas valorizam o que temos e não o que somos? Você
chega a um ambiente e a primeira atitude das pessoas é olharem para sua
aparência, para sua roupa, sapato, acessórios, celular, carro, e assim te
valorizam pelo que você tem e não por quem você é. Independentemente do que
possui ou não possui todos devem ser valorizados e respeitados.
Quantos pais inconscientemente estão ensinando aos filhos
que o Ter é mais importante que o Ser, enche os filhos de presentes, substituindo
assim a sua presença. Filhos que não conhecem o Ser de seu pai e de sua mãe, não sabem quem realmente são seus
pais, suas características, suas qualidades, seus sonhos, suas conquistas e até
mesmo suas decepções, sua história de vida. Filhos que desfrutam dos bens de
seus pais, mas não do seu amor, carinho, afeto, atenção, companheirismo, conhecem
muito bem o dinheiro, casa, carro, conforto que seus pais lhes proporcionam. Onde
está o Ser no relacionamento de pais
com filhos e de filhos com seus pais, da família em geral.
Será que a base do casamento é o amor ou o dinheiro? Teve
um pregador que ao profetizar para a vida das solteiras que estavam presente no
culto, disse que elas não iriam casar com homens pobres, que Deus iria dar um
marido rico para elas. Isso é uma truculência, onde fica o amor? E outra; Deus
não tem nada haver com isso, a escolha é nossa. É claro que dinheiro ajuda o
casamento, porém ele não é a base e muito menos é o que mantém um casamento,
porque se fosse nenhum rico se separaria. A base do casamento é o amor,
respeito, companheirismo, com isso o casal juntos podem conquistar
prosperidade. Quer revolucionar seu casamento? Então priorize o Ser e não o Ter.
Amar o próximo, valorizar o Ser das pessoas, sua natureza íntima,
suas qualidades, mesmo que seja escasso do Ter
é magnífico. A valorização do Ser que
é a essência do outro abrilhanta nossas vidas com magnitude, pois o Ser é grandeza e o Ter é insignificante, o Ser
é imprescindível e o Ter é supérfluo.
O Ser faz com que tenhamos
amabilidade, generosidade, benignidade, companheirismo, caridade, bondade,
afeto, em fim faz com que nos tornemos mais humanos.
Para de se preocupar em Ter, não seja mais um consumidor insaciável, de querer sempre mais,
de comprar para mostrar que tem, sendo um escravo do capitalismo, se preocupe
com o seu Ser, sua identidade, sua
essência, suas qualidades, sua conduta.
Reconheça a importância de sua família, seus amigos,
conhecidos, desconhecidos, o ser humano em geral pelo que são e não pelo que tem.
Ame as pessoas, tratem todos bem e você verá como sua vida revolucionará, terá
mais brilho, mais sentido
Valorize quem você é e não o
que você tem, valorize o que as pessoas são não o que elas possuem.
Infelizmente muitas vezes acontece esta valorização só quando se perde. Muitas
reportagens quando se entrevista um familiar, amigo ou pessoa próxima da pessoa
que morreu; sempre o que eles dizem é quem aquela pessoa era, suas qualidades,
e não o que ela possuída de bens materiais, sabe por que isso? Porque o que vai
ficar marcado na sua história é seu Ser,
seu caráter, suas qualidades.
Ser esposo (a), ser pai, ser mãe, ser filho (a), ser
irmão (a), ser avó, ser avô, ser neto (a), ser amigo (a), e, além disso, suas
características, sua personalidade, suas qualidades, sua existência. Viva o Ser com intensidade!
Ser um ser
humano, com qualidades indispensáveis: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Priscila
Faria
Fonte da Imagem:
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